quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Foco

Há várias semanas eu não tenho me focado em assuntos importantes para a minha vida. Tenho restringido meu "funcionamento" às obrigações do quotidiano, ao trabalho, aos hábitos viciosos (não necessariamente vícios ruins... a leitura numa determinada hora da noite, por exemplo), enfim, tenho estado em piloto automático, e me dedicado pouco à reflexão, às resoluções, à identificação e resolução de problemas, ao estabelecimento de metas e estratégias. Todo esse processo tem gerado sintomas, como impaciência, aborrecimento crônico, e até tenho engordado (acredito que a minha pressão também tenha subido), por causa de uma sensação leve porém constante de frustração por causa de uma aparente estagnação. Agora que passou que eu compreendo meus rompantes de mau humor dos últimos tempos.

Mas veja como é bom para um homem ter uma mulher que se importe com ele. A minha me deu um bom chacoalhão dias atrás, apontando para mim o que eu tenho de errado, onde eu tenho faltado, e avisando sobre coisas que eu, nesse torpor, não percebia. Simultaneamente, meu outro trabalho tem me mantido fisicamente ativo, e como é um trabalho que demanda pouco do intelecto, tenho tempo para pensar (um método de meditação pouco diferente do que defende o mestre budista Thich Nhat Hanh, que recomenda o foco no trabalho presente como forma de torná-lo agradável ou pelo menos suportável e anular as angústias). Tudo isso tem sido construtivo. Nas próximas duas ou três semanas, já me programei em termos de tempo e dinheiro para resolver algumas pendências que tem se arrastado por meses.

É preciso foco para viver plenamente. Sua mente, sua consciência precisa estar onde seu corpo está, e no tempo em que ele se encontra. Corpo e mente precisam ressoar em conjunto para realizar tudo que precisa ser feito. Uma mente no passado tende a ser inerte, e no futuro, tende a gerar angústia e ocasionar ações precipitadas, assim como uma mente no presente, mas sem foco no que o corpo precisa (e no entorno deste corpo, o que inclui obrigações, relacionamentos, pendências), só com muita dificuldade consegue cumprir alguma tarefa simples ou compreender as circunstâncias de um evento qualquer, e elaborar uma reação de acordo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Proselitismo religioso e cinema

Nosso país é regido por uma Constituição que nos garante a liberdade de culto. Ninguém é obrigado a ter uma fé religiosa ou se afiliar a qualquer instituição deste tipo, mas tem o direito de fazê-lo, desde que, claro, este direito não interfira em outros. Um exemplo é a restrição vigente aqui no Rio quanto à pregação religiosa nos trens urbanos, onde as pessoas não podem escolher se querem ou não participar dessa atividade - ou seja, fere-lhes o próprio direito ao culto, ou não.

Cheguei aqui abrindo o post dessa forma, pensando nos recentes filmes cujo tema central é o espiritismo. Tem um terceiro filme, desses de grande distribuição, em dois anos, sobre esse assunto. Não creio que produções cinematográficas firam de alguma forma direitos alheios, e acho até que se enquadram perfeitamente no que a Constituição Federal configura como liberdade ao culto. Diretores, atores, produtores podem expressar sua fé artisticamente da maneira que quiserem, e assiste quem achar que deve.

O que me deixa preocupado é que a produção cinematográfica, tão pobre no Brasil, esteja começando a ser reduzida a um veículo de pregação religiosa. Estava assistindo um debate com Cacá Diegues no Roda Viva da TV Cultura, onde ele ressaltava os grandes avanços técnicos que o cinema brasileiro tem alcançado, em parte graças aos progressos da dramaturgia televisiva, mas ressalvava como as produções ainda são caras demais para o pouco público que as procura, e como essa insegurança no retorno financeiro dos investidores dificulta a captação de verbas que não sejam oferecidas via Ministério da Cultura. Ele elogiava, inclusive, a criatividade dos diretores brasileiros e estrangeiros, de países com México e Argentina, que apresentam características semelhantes às nossas, em produzir algo de qualidade nessas condições.

No entanto, 3 produções centradas num tema religioso (uma biografia, uma baseada em obra psicografada, e agora um documentário) vieram à luz (sem trocadilho) num curto espaço de tempo. Isso mostra duas coisas: a avidez que o público tem por filmes que digam algo que lhes faça sentido, e o oportunismo de quem detem a grana, que prefere canalizar seus investimentos para uma fórmula que lhes assegurará o retorno.

O problema é que isso pode estar conduzindo o cinema brasileiro a um beco cultural sem saída: nosso cinema já é tão carente de uma personalidade e uma linguagem próprias (em parte, massacradas ainda no seu período formativo pelo regime militar, e aniquiladas de vez com o fim da Embrafilme, no governo Collor), e agora periga de perder até sua propriedade de expressão da nossa cultura e nossa realidade para se tornar um veículo de pregação religiosa, porque é isso que vende. Eu já posso antever grandes produções estreladas por atores conhecidos, patrocinadas pelos auto-proclamados apóstolos e bispos das igrejas neopentecostais, que não serão mais do que extensões dos seus programas de TV, com uma dramatização pouco mais elaborada. Acho espantoso que a Igreja Católica já não faça algo do tipo sistematicamente. Posso até contar as sandices da Xuxa e seus duendes nesse bolo.

Novamente, não acho ruim que se faça filmes com temas religiosos, para públicos específicos. Mas tenho medo que isso vicie a indústria do cinema, e acabe por anular este veículo tão importante de divulgação de cultura no Brasil. Será que, no momento em que filmes religiosos obliterarem o espaço para a produção de filmes laicos, eles estarão violando a liberdade de culto de quem gostaria de poder ir ao cinema para ver um filme mas não pode porque esse tipo de filme não é mais produzido por falta de interesse de financiadores, e não para adorar imagens em movimento?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

u pal ta torando cara

Três dias de jogatina. Mega Drive, Master System, Saturn, Dreamcast, jogos de luta, plataforma, cooperativos, feiras de rolo, exibição de itens raros, torneios, sorteios, novos contatos, amigos, nerds, twitcam, vídeos, comida, zoeira em casa e na rua. Esse foi o 2º encontro da comunidade Mega Drive, realizado em São Paulo durante o feriadão.

Quem quiser ter uma ideia de como foi o encontro, acesse o canal do U COLECIONADOR no youtube: http://www.youtube.com/user/legendofbboy1d#p/u

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Encontro nacional de fãs de Mega Drive (2)

Só para mostrar o poster do evento:



Mais detalhes no post logo abaixo deste.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Encontro nacional de fãs de Mega Drive

A quem interessar possa:

2º Encontro da Comunidade Mega Drive no orkut

Dias 13, 14 e 15 de novembro, em São Paulo, SP.

Será um evento para todos os old gamers amantes da geração 16 Bits e dos video games da Sega, sobretudo do Mega Drive. Haverá encontro de colecionadores, feira de rolos, 5 consoles ligados ao mesmo tempo para a galera jogar uma biblioteca enorme de jogos à vontade. Também organizaremos campeonatos, atividades diversas, e um quiz show. Haverá rifas com diversos prêmios, bem como premiações para os campeonatos e desafios: o prêmio maior, um Mega Drive original, em perfeito estado!

A entrada é franca, o único gasto será com alimentação e na participação opcional das rifas, e não é preciso ser membro da comunidade para participar: basta gostar do Megão e querer se divertir na jogatina. Haverá participantes de todo o Brasil: São Paulo capital e interior, Rio (eu), Paraná, Sergipe, Ceará, Rio grande do Sul, além da presença do maior colecionador de Mega Drive do Brasil, Diego Ramires, U COLECIONADOR. Menores de idade só poderão participar com autorização por escrito ou acompanhados por um responsável (não rolará nada impróprio para menores, apenas por questão de segurança).

O ponto de encontro será na catraca da estação do metrô Sacomã, no bairro do Ipiranga, todos os dias do evento, das 12:00 as 13:00. Quem morar fora da cidade e precisar de lugar para pousar, existe a possibilidade de hospedagem no local do evento. Para mais detalhes, entre em contato, pq não vou publicar o telefone e o endereço do cara que vai sediar o evento assim a esmo :^P

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Quem quer, aprende em qualquer lugar

Já adianto que corro o risco de estar me repetindo :^P

Tem gente que nem se dá ao trabalho de refletir quando alguém lhes diz que passa boa parte do tempo livre jogando vídeo game: "é um alienado".

Um game é um produto de sua época e do seu lugar, como expressão das pessoas que os produzem, e do público a que ele é direcionado. Como tudo que é produzido por alguém também é. Nos games, você identifica esses "onde", "o que", "quem" (em inglês é mais fácil, são os "wh") nos elementos gráficos e narrativos presentes no jogo. No conjutno deles você depreende os temas, a ambientação proposta. Tudo isso se destina a transmitir, numa linguagem inteligível (mesmo que inconscientemente), uma mensagem que mantenha a atenção do jogador presa à ação que se desenrola na tela, e o convida a participar dela.

É batata. Você pode verificar que tipos de jogos ou quais títulos são grandes sucessos em quais lugares do mundo. Propaganda tem muito a ver com isso, mas a propaganda não faz um jogo legal depois que você se senta e começa a jogá-lo se ele não for. E o que faz um jogo "legal" é como ele o induz a participar dele. E essa indução apela para aspectos culturais pertinentes à cosmologia individual da pessoa, ou social, do meio em que ela vive. Culturas violentas (ou mesmo pacíficas, mas que cultuam um passado de violência, vide os hinos nacionais da maioria dos países europeus hoje "civilizados") demandam jogos violentos, culturas que prezam seu passado demandam jogos que abordem temas históricos, culturas nacionalistas (que exaltam exacerbadamente símbolos nacionais, por vezes arbitrários) demandam jogos que apresentam, ou mesmo simulam aspectos delas. É por isso que um jogão de luta de Super Nintendo, cujo tema é Tae Kwon Do, foi lançado só no Japão e na Coréia do Sul, os FPS (tiro em primeira pessoa) e simuladores de combate aéreo da Segunda Guerra Mundial ou Vietnã, onde os americanos são os herois arquetípicos, são um sucesso estrondoso nos EUA e em sua periferia cultural. E por isso existem milhões de chatérrimos e bizarros jogos de Mah Jong, Pachinko e Turfe para video games, e você não entende por que.

Eu, que me interesso por temas históricos e jogos de estratégia (não necessariamente uma coisa tem a ver com a outra), adoro Civilization. A série toda. Civilization tem uma coisa muito legal, que nem tem a ver com a ação em si e nem precisaria estar lá para que o jogo funcione, mas foi incluída mesmo assim, que é a Civilipédia: uma sintética enciclopédia detalhando todos os temas abordados no jogo sob o aspecto histórico (tipos de terreno e recursos naturais e como eles foram ocupados ou explorados, as civilizações e seus líderes, unidades militares, etc.). Como simulação histórica, é um fracasso, até porque as variáveis são tantas que o comportamento da IA (inteligência artificial) sempre beira a aleatoriedade, segurada apenas por alguns atributos pré programados. Mas o jogo é um medium para você se introduzir nesses assuntos.

Gosto muito do CivIII. Acho que o timing dele é perfeito, embora perca em complexidade e beleza para versões posteriores, e é por causa esse ritmo que eu o jogo (e porque o CivIV é em DVD, e só no PC da minha irmã que eu posso jogar :^P). Ele tem alguns cenários prontos, onde você se vê como líder de uma nação real em um cenário que simula um período histórico real (que obviamente não se desenrola com fidelidade histórica, dada aquela aleatoriedade de que eu falei, além de você também ter sua própria inteligência para tomar decisões inesperadas :^P). Um dos meus cenários preferidos, basicamente porque ele tem regras e elementos bastante diferentes do usual, é um situado no período Sengoku, a guerra civil entre Daimyos ("senhores feudais") do Japão entre os séculos XVI e XVII. Dele participam os Daimyos mais famosos e importantes da época, não necessariamente situados cronologicamente de maneira correta (Oda Nobunaga deveria deixar de existir antes da metade do jogo e se bate com Daimyos que não estavam ativos quando ele era vivo... enfim, neuroses minhas), e nele você constroi monumentos, obras públicas, unidades militares, e desenvolve tecnologias próprias do período. Eu, como bom nerd, cacei informações sobre tudo que despertou a minha atenção nesse cenário.

Ultimamente tenho lido Musashi, de Yoshikawa Eiji, na versão em dois volumes tijolões que pertencem ao meu ex-futuro-cunhado, e por isso preciso ler o mais rápido possível para não abusar da boa vontade dele. O livro aborda, de maneira largamente fictícia, a vida do samurai Miyamoto Musashi (que eu já conhecia por um livro que ele mesmo escreveu, o Livro de Cinco Anéis). Ele pega o final do período Sengoku, quando a política japonesa começava a se assentar em torno do shogunato Tokugawa. O autor trata das peregrinações do samurai na sua juventude, e as aventuras dos personagens secundários que orbitam em torno dele, e as usa como pretexto para introduzir na história personagens famosos da época. Ler esse livro me remete ao que eu aprendi jogando Civilization: da deflagração do Sengoku (a guerra civil), da ascenção de Oda Nobunaga, da coalização encabeçada por Toyotomi Hideyoshi, da tomada de poder por Tokugawa Ieyasu, da reconstrução do país, das classes sociais, da participação na política de daimyo como Takeda Shingen, Uesugi Kenshin, e Date Masamune (que vc não deve ter ouvido falar, mas certamente o reconheceria pelo elmo com uma lua crescente na fronte, característico dele, que se tornou o arquétipo do samurai em sua representação ocidental, como Tom Cruise em O Último Samurai). Enfim, é um ambiente familiar pra mim, e cada nome que surge, eu já penso "esse cara era foda". O veículo para isso foi, tchan, um video game.

Por isso, quem quer aprender, aprende com qualquer coisa. Qualquer atividade e qualquer fonte pode ser instrutiva ou destrutiva, dependendo da índole, da capacidade, e da vontade de cada um. É possível aprender alguma coisa com Big Brothers da vida, mesmo que seja pelo menos aprender a mudar de canal - já é algo construtivo, algo que se encaixaria numa coisa que Einstein (eu acho) disse, parecido com isso: "quando você aprende, seu cérebro se dilata, e nunca mais volta ao tamanho original".

Já são 11:00 e é melhor eu começar a trabalhar :^P

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Comunismo, jornalismo, video game, moda feminina (e parênteses)

Várias pequenas coisas, algumas delas grandes até:

-Embora não me surpreenda mais, eu continuo abismado com aquilo que acabou se estabelecendo como "jornalismo" no Brasil: de obtenção e divulgação de informações, os principais meios de comunicação se tornaram meios de manipulação. Da manchete principal da capa do jornal até a charge, na seleção das cartas de leitores, nas colunas esportivas, e até nas pequenas notas, querem me fazer acreditar que o Brasil é quase uma União Soviética, e que só faltava a Dilma ser eleita para completar a "revolução" (porque o PT tem os piores revolucionários da História, que tem um Estado Nacional entregue nas mãos de bandeja por um apoio popular sem precedentes por 8 anos e não conseguiu mudar nada :^P). Que o PAC não existe, e que aquela vila olímpica da Rocinha e o teleférico do Alemão são ilusões da minha cabeça (ou, se reais, obras puramente eleitoreiras, que não tem utilidade alguma). Que o Brasil andou pra trás, mas que apresenta índices positivos em todos os campos, o que se deve exclusivamente à administração do partido paulista, mas, mesmo assim, seu candidato se propôs a continuar os atuais projetos elaborados nos últimos dois mandatos (alguém entendeu?). Enfim, quando alguém encontrar lógica nisso tudo, me explique, porque eu sou burro.

-Isso também não me surpreende, mas também me deixou abismado. Vi scans da revista Veja de 1990 e 1991 deificando Ayrton Senna, uma na tentativa de assassinato que levou ao seu segundo título mundial, e na outra, com uma foto do piloto extenuado dentro do carro, depois de vencer o GP do Brasil de 91 apenas com a sexta marcha (ele tinha a primeira e a sexta, e foi assim só por 4 voltas, e não a corrida inteira como ficou marcado do imaginário popular, vencida porque o segundo colocado também estava se arrastando na pista com problemas, embora menos críticos). Não, ela não passou informação relevante alguma. Distorceu várias, na verdade, como coloquei nos parênteses. Apenas para construir a imagem de um heroi nacional, igual o banco que o patrocinava. Na época (o tempo, não a revista), eu obtinha informações sobre Fórmula 1 na Quatro Rodas, e nas ricas reportagens do Jornal do Brasil e da Faolha de São Paulo: tinha informação, você sabia quem era quem e o que estava acontecendo: não era preciso fantasiar realidades para torná-las interessantes ao público que buscava essas publicações. Ainda hoje existe gente que exerce o jornalismo (a arte de obter e divulgar informação), mas tem gente que há muito tempo confunde o que faz outro tipo de jornalismo (a arte de embrulhar o peixe na feira).

-Quase desloquei meu ombro direito jogando tênis no Wii Sports numa loja de informática enquanto fazia hora. Estou dolorido como se tivesse feito flexões durante o feriado. Apesar de manter o fôlego caminhando, a metade superior do meu corpo não aguenta nem o vídeo game mais :^P Pelo menos no Wii eu não preciso usar minha mão esquerda: jogando num joystick ou num teclado, ela doi em vários pontos como se eu a tivesse enfiado num moedor de carne. O que não falta pra mim é dor. Agora tenho uma dor na sola do pé esquerdo que me garante a minha dose de dor a cada passo. São tantos pontos, em tantos lugares, que não tem um segundo em que eu não sinta dor. É um exercício mental bastante construtivo ignorá-las ou fazê-las funcionar a meu favor, fazendo parte das minhas criações artísticas (desenhos, escritos, animações). Mas eu as trocaria por um plano de saúde :^P (quem sabe, agora que vamos entrar na era do comunismo e contra a acumulação de capital, se os planos vão deixar de assaltar a população).

-Por que diabos o Peixe Urbano fica me mandando promoções de moda feminina e clínicas de estética? Não que eu tenha muita disposição pra ficar comprando cupons de qualquer bobagem, mas isso irrita. Sifudê.

-Preciso esforço titânico para escrever sem usar parênteses (porque tenho dificuldade em encaixar todas as ideias de maneira coerente no corpo do texto) :^P

-Eu queria ter sido entrevistado no programa Irritando Fernanda Young. Teria sido uma entrevista muito irritante.
 
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