quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Mais um sonho cinematográfico

Sonho longo e complexo, paranóico e com um fundo político.

Sonhei que eu descobria que era um agente de uma conspiração anarquista desde a adolescência. A coisa transcorreu assim:

No tempo do colégio, um sujeito não identificado entrou em contato comigo por celular (valha-me Deus, nem existia isso quando eu estava no colégio :P), e conquistou minha confiança transferindo dinheiro para a minha conta no banco para meu uso pessoal. Isso teria ocorrido várias vezes, em quantias substanciais. Depois de algum tempo eu entendi que, assim, estava preso ao personagem misterioso - porque o dinheiro era subtraído ilegalmente de diversos bancos - e em algum momento eu teria que fazer algum serviço para ele.

Mas o modus operandi dos anarquistas era brilhante. É até engraçado que meu subconsciente tenha colocado como anarquistas, porque o nível de organização do negócio era altamente sofisticado. As pessoas aliciadas, ou "agentes", eram instruídas a cumprirem determinadas tarefas sem saber do "plano". Então eu comecei a entender que várias pessoas que cruzaram casualmente comigo pela vida eram agentes em missão, cuja influência me induzia a tomar decisões que faziam parte do "plano". Até o meu apelido - Monocromático, um apelido que eu acabei dando a mim mesmo sem querer na vida real - era um codinome determinado para mim.

Eu mexi na organização cronológica do sonho para tornar a sua narrativa mais coerente. Porque ele começou, propriamente, quando eu, no tempo presente, estava caminhando pela Barra à noite. Por algum motivo, os cidadãos texanos, quase todos velhos, estavam fazendo filas em vários lugares para votar. Na rua, cruzei com uma moça que estava com uma mala de rodinhas e pediu ajuda para chegar em algum lugar, e me ofereci para levá-la até onde ela poderia pegar uma condução.

No caminho, um rapaz que eu não conhecia, mas sabia quem eu era, se aproximou e começou a fazer perguntas e sugerir que aqueles texanos estavam votando contra as liberdades individuais das pessoas, e que seria melhor eliminá-los, pelo bem comum. Eu acenei negativamente, e ele se resignou. Mas, enquanto conversávamos, ele pegava do chão e mexia numas hastes de metal. Quando eu reprovei a ideia de matar os texanos, ele apenas sorriu e me entregou o que ele havia armado com as hastes metálicas: um para-raios! Ele sumiu, e eu fiquei com aquilo na mão, quando vi que começava a relampejar. Sem pensar, eu joguei o para-raios para o lado, e ele caiu na porta de um banco. Um raio caiu nele, e o prédio todo explodiu.

Eu fugi dali, largando a moça para trás, porque sabia que poderia ser responsabilizado. Seguiu-se em gap temporal, em que a polícia investigou o caso e prendeu um homem, que se identificava como Monocromático. Ele era um pouco parecido comigo - deve ter sido reconhecido pela moça, que devia ter servido de testemunha - mas tinha uma mão mecânica. Ele também era um agente, e havia sido treinado para responder por mim, já que a organização conhecia minha vida em detalhes, de maneira a não gerar contradições. Eu tive então o impulso de me apresentar - não como Monocromático, mas como testemunha para livrar o sujeito. Mas, ao vê-lo, eu sabia que ele estava decidido a se submeter àquilo - e, logo depois, recebi uma mensagem no celular, dizendo que eu continuaria livre, porque eu ainda iria fazer algo muito importante... para eles.
 
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