quinta-feira, 26 de agosto de 2010

São tantas emoções, bicho

Acredito que o sucesso de qualquer obra de arte depende da maneira como ela afeta cada um, mais do que uma suposta qualidade intrínseca da obra. Uma grande obra é aquela que causa emoções, que faz o coração do observador vacilar e o seu racional se ausentar por alguns momentos, seja para o bem, para o mal, ou para o feio. E não apenas quando ela é apresentada, mas sempre que você entra em contato com ela. Deve ser como um carrinho de montanha russa, onde você entra e ele te leva por subidas e quedas inesperadas, e quando termina a volta, você sai e retorna ao seu rumo natural, mas sentindo algo diferente, talvez revigorado, talvez super estimulado, inspirado, mais sensível, mais desperto. E é capaz até de romper bloqueios, barreiras e preconceitos, como o meu pai, que odeia Roberto Carlos com todas as forças, mas não se esquece da música do Rei que tocava quando ele tirou minha mãe para dançar pela primeira vez.

Me ocorreu isso quando eu estava parado na Linha Amarela, ouvindo meu mp3, e quando tocou essa música, eu me senti fora dali, vislumbrando os cenários da nave Alisa III, sentindo a tensão antes da batalha, a realização do amor improvável, e um legado de sacrifício, que é o que essa música me diz:

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